Em um certo dia do ano de 1597( provavelmente), um grupo de escravizados de um engenho de Pernambuco, sublevaram-se. Ao que parece, eram cerca de 40 pessoas. Entre homens e mulheres. Estavam armados de foices, chuços, e outros instrumentos. Atacaram o feitor e fugiram. Este grupo entrou na mata densa da região onde hoje é Alagoas ( que na época pertencia a Pernambuco), depois de desbravarem parte da mata, enfrentando mosquitos, onças e o clima, fundaram uma comunidade que viria a existir por cerca de cem anos, mais ou menos. Era o quilombo de Palmares, o mais conhecido de todos os quilombos brasileiros.
Evidentemente não dá pra falar sobre a sua história em poucas linhas, procurarei ser bem sucinto.
Após a invasão holandesa no nordeste ( 1630), o quilombo cresceu bastante, pois, desfeito o sistema proteção nos engenhos, os escravizados aproveitaram para fugir. Nesta época, o quilombo já contava com cerca de 20 mil habitantes, provavelmente.
Viviam da caça de tatus, onças, entre outros animais. Pescavam e plantavam cana-de-açúcar, feijão, mandioca, milho, batata doce, etc. não praticavam a pecuária, mas, criavam porcos.É sabido que realizavam pequenos comércios com regiões vizinhas. Curiosamente, havia alguns brancos pobres em Palmares.
Uma questão é debatida hoje em dia: havia escravidão em Palmares ? a resposta é sim. No entanto, era uma escravidão suave, branda. Quando palmarinos atacavam os engenhos, os escravos ali obtidos eram submetidos a uma escravidão leve, por pouco tempo, até serem totalmente libertos. Entendido isto, a discussão acaba. Não havia, portanto uma escravidão pura, como havia nos engenhos. Não havia torturas, troncos, etc.
A lei penal era severa. Adultérios e roubos eram combatidos duramente.
Prof. José Costa,
Para pensar.
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