sábado, 14 de janeiro de 2017

A QUEDA ( GÊNESIS).

   "Um conto não de todo improvável". Esta frase é do C. S. Lewis. Uma história de caráter mítico ao estilo Sócrates, ou seja, com probabilidades de verdades factuais. De todo modo, temos verdades reveladas. O mito ele traz em si mesmo esta possibilidade. A possibilidade da veracidade.
    O homem foi criado com liberdade. Esta a única possibilidade de criação existente quando se fala de um ser moral. "Deus estava encurralado nesta possibilidade". ( não me tome por herege, as palavras são limitadas quando se fala de um ser infinito). De qualquer maneira, só é possível amor, vontade deliberada, alegria, quando não há máquinas, e sim seres humanos. Foi um "risco" que Deus quis correr ( claro, ele sabia o final). Onde há liberdade, há possibilidade do mau uso desta liberdade. Pecado é liberdade mau usada. Por isso o Cordeiro foi morto antes de toda criação. A criação vem depois da redenção. Criação entra no mundo da graça eterna. O ser humano não é gerado, mas criado.
    Este ente criado antes dotado de processos físicos voltados para a natureza, na plenitude do tempo, passa a ter uma consciência. Um EU, uma capacidade de reflexão, de abstração. um ser Moral. Ético. Desta forma, ele usa mau a sua liberdade e a expressão bíblica simbólica deste mau uso da liberdade é comer do fruto do conhecimento. Agora os seus processos físicos estão voltados para a decisão. Ele dá o salto da irracionalidade, como diria Soren Kierkegaard. Decadência. Ele dança na música da desobediência. O mundo passa a ser "uma dança em que o bem ,criado por Deus, é perturbado pelo mau que aflora do homem". (C.S.Lewis). É a queda.
   Para pensar,
   Prof. José Costa.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

SONHO DE UMA NOITE DE VERÃO(Shakespeare).

   Em Atenas, uma lei dizia claramente que alguém poderia casar a sua filha com quem desejasse. Até pena de morte poderia ser evocada para quebra de tal lei.
  Egeu queria casar sua filha Hérmia com Demétrio. Ela não queria. Amava a Lisandro. Helena amava Demétrio e era amiga de Hérmia. Esta, por sua vez, alegava ao pai que não podia casar com alguém que era amado por sua amiga ( Helena). Ademais, dizia ao pai, gostava de Lisandro. O rei de Atenas lhe deu 4 dias, no máximo, para o casamento. Lisandro falou com Hérmia a fim de fugirem para um bosque, e de lá, para casa de uma tia, fora das fronteiras de Atenas, e, portanto, livre da lei. Ela aceitou.
  Helena , que sabia da trama, contou tudo a Demétrio. Este foi ao encalço da dupla apaixonada. Helena o seguiu. No bosque, um certo Robin(Puck) um auxiliar de um rei dos duendes chamado Oberon espremeu um sumo de rosa chamado amor- perfeito nos olhos de Lisandro, que ficou apaixonado por Helena. Hérmia ficou confusa. O suco da rosa também foi espremido nos olhos de Demétrio, que também ficou apaixonado por Helena. Que confusão. Depois de ida e vindas, Puck retirou o feitiço de Lisandro, deixando apenas o de Demétrio. Casaram-se Hérmia e Lisandro e Helena e Demétrio também conseguiram o casamento. Foi um final feliz.
   Detalhe, tudo foi um sonho dos personagens, numa bela noite de verão.
   Falando um pouco de Shakespeare,
   Para refletir,
   Prof. José Costa.
   

quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

I e II CARTA AOS TESSALONICENSES

   As cartas de Paulo à igreja de Tessalônica foram os primeiros escritos do Novo Testamento. Elas foram produzidas por volta de 50 d.C. a partir de Corinto.
  O livro de Atos dos Apóstolos, escrito por Lucas, mostra no capítulo 17 que Paulo chega em Tessalônica durante a sua segunda viagem missionária, depois que deixou Filipos ( Ver o meu artigo sobre os Filipenses).
   A cidade de Tessalônica era uma cidade portuária. Fazia parte da província da Macedônia, aliás, era a capital de um dos seus distritos. A cidade foi batizada por este nome no século IV a.C. por Cassandro, um rei macedônio que era casado com Tessalônica, uma irmã de Alexandre , O Grande. 
   Havia uma sinagoga na cidade. Paulo pregou aos judeus nela, como era seu costume. Mulheres importantes se converteram. Ademais, existia alguns que conheciam Paulo, entre eles, Jasom, Aristarco e secundo (não, não é segundo, é secundo mesmo). Alvo de perseguição, Paulo sai da cidade, e, tempos depois, envia Timóteo, seu cooperador. 
    As cartas falam basicamente de elogios aos tessalonicenses pela sua fé e amor. Narram também sobre o caráter paulino de não interesse pelos bens materiais dos seus convertidos. Interessante notar que Paulo fala sobre os motivações gananciosas de alguns( isto nos faz lembrar, é claro, do balcão de negócio do qual a igreja evangélica brasileira se transformou com a detestável teologia da prosperidade). Exceções raras à parte. Paulo lembra que não tinha estas motivações empresarias ( claro que ele não falou o termo empresarial, rss).
    Tem também algumas recomendações de fé, de amor, de perdão, de vencer o mal com o bem. A ressurreição de Jesus também é assinalada. O incentivo ao trabalho digno e a censura da preguiça. Regozijai-vos sempre! É outra advertência.
     Prof. José Costa,
     Para refletir.

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O CRISTÃO ARRELIGIOSO E A IGREJA DEBUTE.

   Já escrevi sobre o teólogo alemão Dietrich  Bonhoeffer em outros artigos. Ele pastor , mártir e teólogo . Foi um dos grandes nomes da teo...