sexta-feira, 14 de setembro de 2012

BREVE HISTÓRIA DA IGREJA, O IMPACTO DE CONSTANTINO, O PAI DO CRISTIANISMO.

      No ano de 307 d.c. subiu ao poder, em Roma, o Imperador Constantino. Ele herdou o poder depois de algumas lutas internas, intestinais, dentro do Império, de modo que, se fossem explicadas aqui, tomaria muito tempo e seria extremamente exaustivo. E tudo o que eu não quero ser é prolixo. O objetivo deste blog é ser extremamente objetivo e claro. Sem titubeio, e, é claro, científico.
        Constantino foi um dos maiores Imperadores que Roma já teve e um dos mais perniciosos para à igreja. Ora, antes dele ascender ao poder, conforme já narramos, houve cerca de dois séculos e meio de perseguição, a igreja crescia em meio a estas perseguições todas, houve é claro, momentos de relativa paz. No entanto, o compromisso era maior, a clareza , o amor, o ensino, a paixão pelo Evangelho, a simplicidade, etc. Com a ascensão deste Imperador, as coisas mudaram, aparentemente para melhor, porém, conforme veremos, não foi bem assim. A mudança foi tão profunda, que, até os dias de hoje vivemos este impacto. Provavelmente discorrerei sobre tais mudanças em mais de um artigo, dois, ou três, talvez.
       Naturalmente, o primeiro e mais imediato impacto sobre a igreja foi o fim das perseguições. Com o Édito de Milão, no ano 313d.c. declarou-se, oficialmente, o fim das perseguições. As vária propriedades confiscadas foram devolvidas, os "crimes de traição" foram perdoados. Foi a partir de Constantino que a pompa, o luxo, começou a entrar no seio da cristandade. sacerdotes começaram a viver ricamente e com as "bênçãos" do Estado. Criou-se uma Burocracia Estatal ornamenta com a unção do Império. Constantino vira o "décimo terceiro apóstolo". A igreja fica disforme. Corrompida.
         Este é apenas o começo da História, naturalmente, falarei mais sobre este assunto, no próximo artigo.
            Para pensar, Prof.José Costa.

terça-feira, 11 de setembro de 2012

BREVE HISTÓRIA DA IGREJA, A ÚLTIMA PERSEGUIÇÃO. DIOCLECIANO.

         No final do terceiro século e, evidentemente, começo do quarto, houve a última das perseguições contra os cristãos, encetada pelo Imperador Diocleciano. A princípio, não parecia que este soberano iria perseguir à igreja. De fato, o Império havia sido dividido em uma tetrarquia, ou seja, quatro divisões, sendo duas no Oriente e duas no Ocidente. A parte oriental estava subjugada a Diocleciano e Galério, sendo o primeiro, Imperador, e o segundo, um César. O objetivo era ajudar na administração do Império, mas, também, na sucessão pacífica.
   Conforme já foi dito, não parecia que este Imperador iria perseguir aos cristãos, até sua esposa era cristã. No entanto, ele deixou-se influenciar por Galério, seu César( este era o título do segundo governante, o primeiro era o de Augusto). Segundo os historiadores, Galério não possuía simpatia pelos cristãos, e, convence Diocleciano a persegui-los. Os motivos seriam óbvios,  eles não eram obedientes aos decretos imperiais, ademais, não sacrificavam aos deuses e, em uma campanha contra os inimigos de Roma, possivelmente não pegariam em armas.
         No ano 303 d. c. desatou-se uma cruel perseguição. Os cristão eram obrigados a entregarem seus livros, seus manuscritos, e a Bíblia proibida de ser lida. muitos forma torturados e mortos. Neste ínterim, O Imperador fica enfermo e é obrigado a abdicar,  o que de fato aconteceu.
     No próximo artigo falaremos sobre Constantino e a sua influência maléfica para a cristandade que perdura até os dias atuais.
           Para pensar, prof. José Costa.

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

BREVE HISTÓRIA DA IGREJA, GNOSTICISMO, O QUE É ISTO?

      O gnosticismo foi um movimento que teve no segundo século da Era Cristã a sua afirmação por parte de muitos. É muito difícil atribuir um líder a este movimento, no entanto, temos indicação de um tal de Brasílides como sendo um dos cabeças. O que  ensinava tal pensamento? É o que vamos ver.
     O termo gnosis é de origem grega e significa conhecimento, logo, para os gnósticos existe um conhecimento primeiro, verdadeiro, espiritual, vantajoso, metafísico e libertador. Nem todos possuem tal conhecimento, é necessário alcançá-lo por meio de meditações e seguindo também os mestres. Jesus foi o maior dos mestres gnósticos e ensinou tais segredos a seus apóstolos, estes, por sua vez, revelaram a alguns escolhidos. Para os gnósticos, Jesus teve um corpo aparente, fantasmagórico, logo, a sua morte na cruz não foi real.
      Segundo tal filosofia, o corpo é inerentemente mal e o espírito é bom, logo, o corpo é uma prisão do espírito. É necessário, portanto, libertar-se das cargas da maldade que estão em nós, por meio do conhecimento. O mundo para eles não foi obra do criador, ao contrário, um ser inferior espiritual e mau, teria criado a realidade. Este mundo seria um aborto.
     Existia também duas vertentes gnósticas, a primeira delas diz respeito ao ascetismo, ou seja, para se santificar era necessário uma separação radical de tudo o que é "mundo". A outra vertente diz respeito a entrega total do corpo a licenciosidade, ora, se o corpo é mal, logo, tudo o que eu faço por meio dele não afeta o espírito, que é inerentemente bom.  
       Faltaria espaço para refutar o gnosticismo, todavia, em breves palavras, podemos dizer o seguinte: a) O corpo de Jesus era real. Ele comeu, bebeu, cansou-se dormiu, etc. b) A criação é obra de um criador absoluto que, em amor, criou seres capazes de amar ou não. c) tanto o ascetismo como a licenciosidade são dois pólos perigosos.
        Para pensar,
        Prof. José Costa.                                   
      
      

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