sábado, 25 de agosto de 2012

ESCRIBAS E DOUTORES DA LEI.

      Quem eram os escribas e doutores da lei, na época de Jesus? os Evangelhos fazem alusão a eles de forma abundante. Jesus assume uma posição de contestação em relação a estes indivíduos.Muito eu teria que falar, porém, irei fazer um resumo básico.
      Nem todo escriba era doutor da lei, embora todo doutor da lei fosse, de fato, um escriba. Eles surgiram em um período pós-exílio, quando os judeus começaram a se organizar em sinagogas, estes centros de estudos da Torá, a lei de Deus. Era o século sexto antes de Cristo, para simplificar a data. Nos dias bíblicos, faziam parte do Sinédrio, esta corte judaica que possuía grande força em Israel. Na verdade, os doutores da lei tinham grande influência, principalmente na educação de indivíduos e no seu julgamento. Eles tinham feito "uma cerca em volta da lei", eram respeitados por todos, monopolizavam a educação. Diziam que viviam da lei e para a lei. Enquanto os sacerdotes viviam no Templo, os escribas viviam na sinagoga. foram eles que fizeram vários comentários acerca da lei, as tradições dos anciãos, o Talmude o Mishnah, etc. Jesus reprovou-os de modo severo, principalmente no livro de Mateus ( ver o capítulo 23). A grande contestação de Jesus era a de que eles esqueceram do espírito da lei e se apegaram a sua letra, tinham se tornado, portanto, letristas, e a letra mata, as palavras, de fato, são espírito e vida, não são letra morta. A História da igreja é uma História de letra que mata, com raras exceções. Foram eles que produziram "pequenas leis morais" que eram acréscimos a palavra de Deus, isto lembra o legalismo das igrejas, com seus códigos de conduta moralista e castrador. Jesus "odiou" tudo isto e foi perseguido por eles, pois, a vida(palavra) foi perseguida pela morte ( letra).  Para pensar. prof. José da Costa Moura.

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

A VIDA NOS TEMPOS DE JESUS, O SÁBADO.

     O Sábado em Israel era repleto de significado. Ele está inserido nos dez mandamentos, de fato, era um mandamento estritamente observado em Israel, nos dias de Cristo, pois, os contemporâneos de Jesus se apegaram a LETRA DA LEI, esquecendo do seu espírito.
      Em Cristo tudo foi consumado, inclusive a LEI, como exposta no Antigo Testamento, Jesus é a maturidade, é o cumprimento. O Novo Testamento é a maturidade da revelação divina. Colossenses capítulo dois fala sobre o assunto, a carta aos Hebreus e aos Gálatas, também. É tudo aparência de humildade.
       A grande questão é: por que o Sábado foi instituído? Não se diz no Antigo Testamento que Deus descansou? A resposta é simples. Em primeiro lugar ele foi colocado como um fator social, em um tempo no qual Israel estava organizado em tribos e depois como uma nação organizada, era um mecanismo de proteção ao judeu mais pobre, a fim de que ele não fosse explorado por patrões injustos. Era uma lei social. Deus estava sendo humano. Era também um meio pelo qual o israelita deixasse o ativismo e, descansando, meditasse. A própria palavra sábado significa descanso (eis o espírito da lei), esse espírito não foi compreendido pelos patrícios de Jesus. A essência do sábado não é o dia em si, pois, o calendário é uma convenção humana, é o espírito. qualquer dia ou momento torna-se sábado para mim, quando eu descanso. Deus não descansa "meu pai trabalha até agora e eu trabalho também", imagine se Deus descansasse em dia de sábado? Imagine parar as emergências dos hospitais, a polícia parar, etc. que caos.
      Jesus trouxe o sábado para o seu devido lugar, a essência dele, a carta aos Hebreus também fala da questão. Meu sábado é hoje é amanhã é qualquer momento quando eu descanso no Pai, pois, o Sábado, no seu espírito é descanso. O resto é aparência de humildade é letra morta, e a letra mata. Pense Nisso e descanse, pois, antes de haver sábado como dia do calendário havia o espírito do descanso no Pai que deve permanecer, quer seja no sábado, segunda ou outro dia, Prof. José Costa.
     

domingo, 19 de agosto de 2012

O MAU, O MAL, A ESSÊNCIA E A CONSEQUÊNCIA.

      Durante a História da Filosofia, da teologia, da psicologia e de tantas outras ciências, a origem de mau sempre foi objeto de debate. Não existe consenso até hoje sobre o assunto. Ora, quero a princípio, salientar os conceitos de mau e de mal. O mal é uma consequência do mau, logo, o mau designa uma essência perversa, má ( desculpe a redundância). Assim como o bem designa uma consequência de algo que é bom; a bondade, pois, é essência, surge na subjetividade, aliás, a verdadeira bondade, visto que no mundo caído certas manifestações de "bondade" tem na sua essência a maldade ( ou será Maudade?rsssss). O mal é objetividade, é algo externo, visível, algo que se contempla, no entanto, certos males tem verdadeiros efeitos terapêuticos, muitas vezes, para o ser. Do ponto de vista da língua portuguesa, mal é contrário de bem e mau contrário de bom. Do ponto de vista metafísico são conceitos que andam intrinsecamente ligados, porém, neste mundo, podem relativizar-se, pois, nossa visão é em parte. No entanto, mau é mau na essência, mesmo quando vem travestido de bem. E bem é bem na essência, ainda que venha travestido de mau.
         O MAU, A MEU VER, É UM DESVIO DO BEM, LOGO, NÃO FOI CRIADO E SIM CORROMPIDO, É UM PRODUTO DE UMA SUBSTÂNCIA CRIADA QUE VEIO A DESVIAR-SE, PERVERTER-SE.
            PARA PENSAR , PROF. JOSÉ COSTA.

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