O termo fundamentalismo surgiu no séc. XIX, foi uma reação ao liberalismo teológico da época.Em 1846, por exemplo, surgiu a aliança evangélica, totalmente fundamentalista e anti-liberal.
Embora o termo não existisse antes, o espírito fundamentalista sempre existiu. Foi o fundamentalismo letrista dos fariseus quem matou JESUS, na Idade Média o espírito fundamentalista estava lá. Após a Reforma protestante, no século XVII o fundamentalismo tomou conta de várias correntes reformadas. O puritanismo, que começou bem, incorporou a intolerância fundamentalista e perseguiu aqueles que discordavam da sua mentalidade. O fundamentalismo é frio, é castrador, é engessado. Ele não permite o encontro, ele faz do outro o não ente, ou seja, o não ser. Ele confina, enclausura e não permite o pensar. O fundamentalista é escravo do seu sistema. Ele fala da verdade mas não está disposto a buscá-la. Acerca do fundamentalismo diz o Paull Tillich : " O fundamentalismo fracassa na tentativa de entrar em contato com a situação presente. Não porque ele fale desde além de qualquer situação, mas porque ele fala desde uma situação do passado. Eleva algo finito e transitório a uma validez infinita e eterna. Neste sentido o fundamentalismo tem traços demoníacos ." Continua o Paull Tillich :"Ele destrói a humilde honestidade da busca pela verdade, divide a consciência de seus seguidores... os torna fanáticos." Se você estiver lendo este artigo e for fundamentalista, pensará : "ele é liberal". " Não o lerei mais", todavia, quero dizer que não sou liberal, apenas busco refletir e quero levar a questão para o campo da reflexão, da problematização.
Para pensar, que lê, entenda.
Prof.José Costa.