sábado, 17 de novembro de 2012

O FUNDAMENTALISMO EM UMA VISÃO CRÍTICA

       O termo fundamentalismo surgiu no séc. XIX, foi uma reação ao liberalismo teológico da época.Em 1846, por exemplo, surgiu a aliança evangélica, totalmente fundamentalista e anti-liberal.
         Embora o termo não existisse antes, o espírito fundamentalista  sempre existiu. Foi o fundamentalismo letrista dos fariseus quem matou JESUS, na Idade Média o espírito fundamentalista estava lá. Após a Reforma protestante, no século XVII o fundamentalismo tomou conta de várias correntes reformadas. O puritanismo, que começou bem, incorporou a intolerância fundamentalista e perseguiu aqueles que discordavam da sua mentalidade. O fundamentalismo é frio, é castrador, é engessado. Ele não permite o encontro, ele faz do outro o não ente, ou seja, o não ser. Ele confina, enclausura e não permite  o pensar. O fundamentalista é escravo do seu sistema. Ele fala da verdade mas não está disposto a buscá-la. Acerca do fundamentalismo diz o Paull Tillich : " O fundamentalismo fracassa na tentativa de entrar em contato com a situação presente. Não porque ele fale desde além de qualquer situação, mas porque ele fala desde uma situação do passado. Eleva algo finito e transitório a uma validez infinita e eterna. Neste sentido o fundamentalismo tem traços demoníacos ." Continua o Paull Tillich :"Ele destrói a humilde honestidade da busca pela verdade, divide a consciência de seus seguidores... os torna fanáticos." Se você estiver lendo este artigo e for fundamentalista, pensará : "ele é liberal". " Não o lerei mais", todavia, quero dizer que não sou liberal, apenas busco refletir e quero levar a questão para o campo da reflexão, da problematização.
          Para pensar, que lê, entenda.
          Prof.José Costa.

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

A CONFUSÃO RELIGIOSA NA AMÉRICA DO NORTE, SÉCULOS XV III E XIX

        Os E.U.A. após a sua independência foi alvo do surgimento de várias tendências religiosas que formaram um verdadeiro caleidoscópio religioso.É o que veremos de forma sucinta.
        No princípio do século XIX surgiram os adventistas do sétimo dia, cujo fundador foi WILLIAM MILLER. Ele chegou a conclusão, com base no livro de Daniel e outras partes das escrituras, que a volta de Jesus ocorreria em 1843. Outro nome importante foi Ellen White, que deu um impulso maior ao movimento, principalmente depois do descrédito de Willian após o ano de 1843. A guarda do sábado é o seu principal fundamento. Quanto a esta questão, tenho um artigo já escrito. 
      Outro movimento foi os das "testemunhas de Jeová". Este movimento foi uma expressão do espírito norte-americano que permeava o século dezenove. Ora, este espírito era o espírito de protesto contra o governo, contra as tendências religiosas. Charles Taze Russel foi o seu fundador.Segundo ele as igrejas eram instrumentos do diabo, o governo também. A segunda vinda de Jesus daria-se em 1872 e o fim de tudo em 1914.
         Os mórmons também surgiram neste período. Seu fundador foi Joseph Smith. Segundo ele, um anjo chamado Moroni teria aparecido e mostrado-lhe um local onde havia duas placas de ouro enterradas, ele decifrou as mensagens das placas e surgiu o livro do Mórmons.Posteriormente, Moroni reclamou as placas para si. Aos poucos foram crescendo e expandindo-se para várias partes do planeta. A poligamia pregada a princípio foi sendo deixada de com o tempo. Estes são alguns exemplos da confusão religiosa na parte norte da América. Posteriormente iremos falar sobre o fundamentalismo "a heresia que deu certo".
           Para pensar, Prof. José costa.

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

REVOLUÇÃO NORTE-AMERICANA PARTE II

        Conforme foi dito no artigo passado, em 4 de julho de 1776 dá-se início a Revolução na América do Norte. De fato, o termo revolução é questionável, pois, as colônias livraram-se do controle da metrópole, porém, não houve mudanças profundas nas estruturas sociais. A escravidão, por exemplo, não foi abolida e o controle do poder político passou paras as mãos de escravistas, principalmente da parte sul. A liberdade tão prometida foi para poucos. No norte, o poder político passou para as mãos de comerciantes. A libertação dos escravos ocorrerá anos depois, de fato, em 1863, durante a guerra de secessão.
        O impacto da independência norte- americana sobre a igreja foi significativo, muitos anglicanos voltaram à Inglaterra, pois, eram partidários da coroa. O próprio Wesley defendia a volta dos líderes metodistas a Europa, vimos que os princípios do anglicanismo nunca saíram totalmente de Wesley. Surgiu a igreja episcopal americana. O metodismo foi ganhando contornos próprios, e, embora tenha sido perseguido como traidores, cresceram. Outro grupo que também teve significativo crescimento foram os batistas. A separação entre sul e norte foi acentuando-se, o que desembocou na guerra da secessão que iremos ver em outra oportunidade.
          Para pensar,
          Prof.José Costa.

terça-feira, 13 de novembro de 2012

A REVOLUÇÃO NORTE-AMERICANA, 1776

    A América do Norte foi colonizada a partir do século dezessete por imigrantes oriundos principalmente da Inglaterra, embora grupos de franceses também saíram de seu país a fim de aventurar-se no "novo mundo". Ora, no século XVII o país inglês estava envolvido em guerras civis, haja vista a Revolução Puritana, a qual já nos referimos em artigos anteriores e muitos, em busca de novas oportunidades e fugindo das guerras civis, migraram para América.
    A princípio, foram fundadas 13 colônias, que viviam com relativa autonomia diante da sua metrópole. A Inglaterra pouca atenção deu as suas colônias, pois, estava envolvida em suas próprias contradições internas. Passando-se o tempo, chegando o século XVIII, surge a Revolução Industrial, pretendo falar deste assunto posteriormente, e a Metrópole foca a sua atenção nas suas terras ultramarinas. O objetivo principal desta nova atenção dada aos colonos era despejar seus produtos industrializados na América.
   Começa o controle. Vários regimentos são enviados à costa americana e a fiscalização aumenta por demais. Além disso, são tomadas medidas para aumentar os impostos, entre elas, a obrigação de compras de selos à metrópole para autenticar toda circulação de literatura colonial. Até baralhos tinham que ser autenticados. Diante deste quadro, os colonos revoltam-se, e, em 4 de julho de 1776, começa a Revolução Norte-Americana, diante deste quadro veremos como houve significativas mudanças na eclésia colonial.
       Prof. José Costa.

domingo, 11 de novembro de 2012

O GRUPO BATISTA DA AMÉRICA DO NORTE, SÉCULO DEZESSETE

        Já afirmamos em artigos anteriores o fato de que os puritanos da América do Norte tonaram-se frios, pedrados, arrogantes e moralistas, é verdade que nem todos participaram deste espírito, toda generalização é perigosa, todavia, a nata do movimento engessou-se. Tornando-se assim, houve vozes discordantes, entre estas vozes estavam um líder sério e cheio de tolerância, chamado ROGER WILLIAMS. Após servir entre os puritanos, Williams declarou que as autoridades civis não possuíam o direito de intervir em questões de consciência religiosa, como era de costume entre o grupo puritano. Perseguido, ele foi refugiar-se em uma colônia chamada Rhode Island onde fundou uma comunidade Batista e começou a viver pacificamente entre os índios da região. Ora, em uma época na qual o pensamento era de que os índios possuíam inferioridade racial, e, portanto, tinham que serem conquistados, ele foi um diferencial. Chegou mesmo a afirmar que muitos índios não precisavam da "revelação do cristianismo" para serem curados espiritualmente. Nisto estava certo, porém, foi perseguido. Wlliams é conhecido como uma voz de protesto e tolerância. Escreveu um tratado chamado DISCUSSÃO DA SANGRENTA DOUTRINA DA PERSEGUIÇÃO POR CAUSA DA CONSCIÊNCIA, datada de 1644. Grande figura. Voz discordante em meio a um mar de intolerância da época, Williams e Wesley, entre outros, fizeram diferença na sua época.
          Para pensar,
          Prof. José Costa.

Postagem em destaque

O CRISTÃO ARRELIGIOSO E A IGREJA DEBUTE.

   Já escrevi sobre o teólogo alemão Dietrich  Bonhoeffer em outros artigos. Ele pastor , mártir e teólogo . Foi um dos grandes nomes da teo...