Gregor Samsa era um caixeiro viajante que há cerca de 5 anos não tinha tirado folga. Dedicava-se ao trabalho incansavelmente. A família, composta por ele, sua irmã Grete e seus pais, de certo modo o exploravam. Ninguém trabalhava e o seu pai até possuía uma certa reserva financeira, todavia, não bulia nesta reserva.
Kafka nos diz que Gregor acordou transformado em um inseto terrível, monstruoso. O livro já começa com esta assertiva. O clímax no começo. O gerente dele o visita e fica horrorizado com isto. Sua irmã, a princípio, o ajuda, todavia, depois começa a desprezá-lo. No decorrer do livro, o pai o acerta com uma maçã que apodrece nas suas costas. O sentimento de impotência de Gregor é enorme.
A metamorfose nos ensina algumas coisas, a saber:
1- kafka viveu no começo do século XX, com o capitalismo cada vez mais em ascensão. Ele trata da questão trabalhista e da exploração dos trabalhadores pelos empresários;
2- Kafka toca em um ponto importante: Até que ponto amamos a família? E quando alguém adoece? Deve ser descartado? Ora, Gregor Samsa estava sendo deixado de lado pela sua família, ele só servia pra eles como amparo em meio as dificuldades, como muleta, simplesmente como muleta.
3- O egoísmo da família;
4- A questão da aparência. Ele estava repugnante ( Todavia, no íntimo continuava o mesmo), mas ninguém queria saber disto. É a sociedade imagética.
Para pensar,
Prof. José Costa.