Considero o século XVII como um dos mais contraditórios para a história da igreja. Alguns anos antes, houve a Reforma Protestante, Calvino, Lutero e companhia limitada. Logo após veio a Contrarreforma, já falamos sobre ela, um movimento de renovação da ortodoxia católica.
Ao chegar o século dezessete, o fundamentalismo acentuou-se. Ora, já discorremos um pouco sobre ele no artigo anterior. Todo fundamentalista é engessado, ele é capaz de colocar Deus em uma caixa de sapato, de confiná-lo, pelo menos é o que ele pretende fazer. Tentativa inútil. O fundamentalista não é aberto a propostas, ele é radicalista ( diferente de ser radical), ele pensa que a sua verdade é válida, pois, é letrista, não consegue enxergar o espírito do que está sendo dito. O fundamentalismo é morte, ele matou Jesus, estava impresso na mente dos religiosos da época de Jesus. Paulo lutou contra o espírito fundamentalista, Hypátia foi morta por causa dele( ver meu artigo sobre ela). O fundamentalista diz a "sua verdade" sem discernir que o que está sendo dito é erro de interpretação da sua mente, ele é discípulo do seu superego, é pagão na sua essência. É fechado em si. É dogmático, frio, sem vida, cabeça dura e sem discernimento da essência. Ele entende a coisa a sua maneira, a coisa é por que é sem possibilidade de exame. É gelado em si. Os dogmas do século dezessete, muitos deles, tem essência fundamentalista. Veremos mais detalhes no próximo artigo, Para pensar, Prof. José Costa.