sábado, 11 de agosto de 2012

A VIDA NOS TEMPOS DE JESUS, CÉSAR ENGOLINDO DEUS E DEUS ENGOLINDO CÉSAR.

      A Palestina de dois mil anos atrás era uma região subordinada ao Império Romano, possuía uma certa dose de autonomia, porém, não era independente. Ora, o Império de Roma possuía uma política de expansão, no entanto, ao conquistar o território, permitia uma certa liberdade dos povos conquistados, desde que pagassem impostos e não interferisse na política romana, é claro.
      O Sinédrio era uma Corte Julgadora, como já falamos, e, que, em certa medida, era tolerada por Roma, no entanto, no pensamento do Império, César ( o imperador) devia engolir tudo, tudo estava subordinado a ele. Sacrifícios eram oferecidos ao líder romano e ele devia ser extremamente honrado. Era César engolindo tudo. Para os Judeus, no entanto, Deus engolia César. Alguns até entendiam, de modo moderado, o fato de Roma conceder paz, em certa medida; no entanto, para maioria dos contemporâneos de Jesus, eles eram ímpios que não estavam subordinados a lei de Javé, eram pagãos idólatras, que, além de tudo, cobravam impostos acachapantes. Esses invasores, então, deviam serem expulsos. Alguns partidos radicais como os Zelotes, pregavam a luta armada.
       Em meio a tudo isso, Herodes, o Grande, quando Jesus nasceu, era  Rei da Judeia. No próximo artigo falarei quem foi este personagem e como ele chegou ao poder.
        Para pensar e entender melhor os tempos de Jesus.
        Prof. José Costa.

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

VIDA NOS TEMPOS DE JESUS, O SINÉDRIO JUDAICO.

      O Sinédrio, na época de Jesus Cristo, era uma corte, um conselho, um consistório, por assim dizer, porém, possuía muito poder, de fato, ele transformou-se num tribunal religioso, a semelhança da inquisição na Idade Média.
          Esta assembleia compunha-se de setenta e um homens, pois, segundo a tradição judaica, setenta indivíduos ajudavam Moisés, guiando o povo de Israel. Quem presidia o Sinédrio era o Sumo - Sacerdote, indivíduo que detinha grande poder religioso. Ora, ele era facilmente reconhecido por suas vestes, por onde passava o povo o reverenciava e o respeitava bastante. Era a encarnação viva da lei de israel. Na época de Cristo, Caifás era o Sumo- Sacerdote, genro de Anás, passou dezoito anos no poder, sendo substituído, posteriormente, por Anás, seu cunhado e filho do seu sogro cujo nome também era Anás.
         Este conselho também era formado por Fariseus e Saduceus, falarei futuramente sobre eles, os príncipes dos sacerdotes eram pessoas que haviam sido sumo sacerdotes, também preenchiam vagas no Sinédrio. Na época, este órgão estava subordinado ao Império Romano, que o tolerava até certo ponto, desde que não ferisse os princípios do Estado. Possuíam uma polícia própria, os lictores, cujo poder era aplicar a "justica". Jesus foi julgado pelo Sinédrio como agitador e blasfemador, na verdade, eles temiam perder o poder que detinham na Palestina, por isso, eliminaram aquele que seria "uma praga" para a sua estrutura de poder montada. Esta história se repetiu na Idade Média e se repete hoje, em várias camadas da existência, vale lembrar a estrutura de poder montada do ponto de vista eclesiástico e como ela teme sucumbir diante da verdade da Palavra.
       Para Pensar.
       Prof. José Costa.

terça-feira, 7 de agosto de 2012

A VIDA NOS TEMPOS DE JESUS, SAMARITANOS.

      A posição dos samaritanos nos tempos de Jesus, é, no mínimo curiosa. Primeiramente, vamos tentar explicar a origem deste povo. Sabemos, por exemplo,  que a Samaria era uma província próximo a  Judéia,  e vizinha da Galiléia. Também sabe-se que este povo não se dava bem com os judeus, não havia uma relação amistosa entre eles. Um ditado da época de Jesus dizia o seguinte: " é melhor comer carne de porco do que um pedaço de pão dado por um Samaritano."
      A questão é: por que esta animosidade entre eles? A resposta exige que voltemos alguns séculos antes de Jesus, especificamente no século oito, quando os Assírios invadiram a região de Israel e levaram cativos os judeus, ora, aos poucos os que ficaram na sua terra, foram  , passando por um processo de miscigenação, logo, a grande acusação dos contemporâneos de Jesus é a de que eles eram impuros, não guardando as leis de Israel e contaminados na sua pureza racial. Além disso, eles adoravam no monte Gerizim, confrontado-se ,assim, com o templo de Jerusalém.
Na época de Cristo eles também lançaram ossos humanos no pátio do templo, contaminando, assim, o Santo lugar, no pensamento dos judeus da época.
      Outro motivo de contendas foi o fato de não apoiarem a reconstrução do Templo de Jerusalém.
      Ao conversar com a mulher Samaritana jesus destrói todo preconceito e revela o fato de que veio para quebrar barreiras e unir povos, mensagem ainda não entendida por muitos.
     Para pensar.
     Prof. José da Costa Moura.

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