Falar de reforma protestante não e fácil, pois, para a mente desavisada, a questão poderia ser resumida da seguinte forma: no século dezesseis, em 31 de outubro de 1517, um ex - monge chamado Lutero, baseado em romanos 1: 16 e 17, fez uma reforma na igreja. Ponto final, tá explicado o assunto. Porém, para quem não está de brincadeira e deseja a verdade histórica, a coisa é muito mais complexa.
Já falamos dos antecedentes imediatos da Reforma Protestante, vozes que foram caladas, na Idade Média houve gritos discordantes que denunciaram os abusos da igreja. Houve muitos bispos que ansiavam por uma mudança na estrutura clerical. Na Espanha do século quinze, com a rainha Isabel, conhecida como A CATÓLICA, houve uma reforma, nos moldes do catolicismo, ela empreendeu realizar uma façanha, fazer uma versão da Bíblia em várias línguas, o com efeito aconteceu, sob a chefia de Francisco Cisneros. Esta Bíblia é conhecida como POLIGLOTA COMPLUTENSE, e, foi realizada em dez anos, por vários eruditos, a saber, latinista, helenistas e judeus. Havia nela dicionários em hebraico, grego e latino. O próprio Cisneros chegou a afirmar que uma teologia mais pura tinha surgido, dando a entender que a palavra estava acima da tradição. A reforma proposta por Isabel também incluía uma renovação do espírito inquisitorial, com efeito, a partir do ano de 1478, a Espanha conseguiu do papa Sixto IV uma autorização para usar este instrumento repressor. O papa anuiu, e Isabel começa a sua reforma, prendendo judeus e todo espécie de "hereges", fortalecendo, assim, o seu poder. Vale lembrar que a época do absolutismo monárquico, e, a Inquisição espanhola dá novo vigor a a coroa, inclusive com confisco de bens dos denunciados, fortalecendo o cofre da monarquia.
Para pensar,
Prof. José Costa.
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