domingo, 17 de dezembro de 2017

O CONCEITO DE ANGÚSTIA

 Dinamarquês. Filósofo que viveu no século XIX, Soren Kierkegaard foi um dos grandes pensadores que a História nos legou. Entre outras obras, escreveu o CONCEITO DE ANGÚSTIA, obra na qual faz uma análise psicológica do pecado original.
   A angústia sempre no acompanha, desde o Éden, ela é possibilidade, é escolha tensa, é ligada a ambiguidade da existência, o filósofo chegou a dizer que a "ANGÚSTIA É A LIBERDADE TRAVADA",  ou seja, sua vertigem, é como olhar de cima de um precipício. Eis a escolha. Pular? usar da liberdade para o pulo? Vertigem. Escolha. Salto da racionalidade ou da irracionalidade. 
   A vida é marcada por alguns estágios ( ou estádios) existenciais, a saber : A fase estética, onde o indivíduo busca o prazer pelo prazer, gerando vazio da alma. O estágio ético, no qual o indivíduo cumpre normas. E o estágio da Fé, que não é cumprimento de doutrinas eclesiásticas, aliás o Kierkegaard denuncia o formalismo da igreja dinamarquesa de sua época. Esta fé é a entrega da alma ao absurdo da existência, fé que "desabsurdifica" a vida, lhe dá sentido, significado. Isto ocorre por UM SALTO EM DIREÇÃO A DIVINDADE,  o salto da fé, que dá-se por DECISÃO, ESCOLHA,
    Curiosamente, o desespero diante do vazio, pode levar a este salto, por escolha da vontade livre,
     Para pensar,
     Prof. José Costa.

quinta-feira, 23 de novembro de 2017

OS SALMOS ( ALGUMAS CONSIDERAÇÕES)

 


  Os salmos bíblicos são poemas líricos, ou seja, expressam a subjetividade humana, as suas angústias e, muitas vezes, o desespero diante de um Deus que supostamente está longe, distante, apagado, caduco ou esquecido de suas promessas, como é o caso do salmo 77, um salmo de Asafe.
    É relevante lembrar que o livro dos Salmos é o livro mais citado no Novo Testamento, ou seja, das mais de trezentas citações de livros do Antigo Testamento, no Novo, o livro poético dos Salmos é citado por mais de cem vezes. Jesus, por exemplo, na cruz, cita o Salmo 31, "pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito".
   O termo Salmo, vem do grego, psalmoi,e quer dizer louvores, saltério. Fato curioso é o de que o salmista e rei Davi é sempre lembrado como o autor deste livro, no entanto, ele escreveu 73 do total, entre eles, o famoso salmo 51, o salmo da penitência. São 12 os autores salmistas. Entre eles temos Moisés ( Salmo90), Salomão ( Salmo 72 e 127), Jeremias ( Salmo 137), entre outros autores, a saber, Asafe, com 12 salmos, os filhos de Coré com dez salmos, Ageu, Zacarias, Ezequias, Esdras, Etã e Hemã. Este livro é o coração da Bíblia, o Salmo 117 é o centro do livro bíblico, e o capítulo 118 : 8 o versículo central.
      Para pensar, 
      prof. José Costa.

quarta-feira, 15 de novembro de 2017

OS IRMÃOS KARAMÁZOV

   Já falei em outra oportunidade sobre Dostoiévski, procure ler em artigos anteriores. De fato, foi um dos maiores escritores russos. Um dos grandes que a História nos legou.
   Os irmãos Karamázov foi o último livro escrito por Dostoiévski, na segunda metade do século XIX. A sua obra prima.
   O livro nos fala de uma família um tanto estranha, controvertida, cheia de encontros e desencontros. O patriarca da família é Fiódor Karamázov, um"bon  vivant", alguém que adora os prazeres da existência. Um ser absolutamente devotado a "bagaceira" , por assim dizer, um indivíduo voltado somente para si. 
    Os filhos deste vivant, são três ( quatro)???? Temos o Dimitri Karamázovi, o mais velho, filho de uma das esposas de Fiódor. Aliás, alguém que não se dá muito bem com s seu pai. Dimitri não chega a ser como o seu genitor, porém, tem um pouco dele. Gosta da vida e de tudo o que ela lhe oferece. Gosta de mulheres, aliás uma das mulheres por que se envolve é uma amante do seu pai, a saber, Gruchka. Os dois chegam a brigar, por causa dela.
     O segundo filho é o Ivan Karamázov, irei me deter sobre ele brevemente, no próximo artigo, é, a meu ver, um dos personagens centrais deste livro absolutamente fantástico do Dostoiévski,
     Para pensar, 
     Prof. José Costa,

sábado, 28 de outubro de 2017

HAMLET ( PARTE IV), A MORTE DE OFÉLIA.

  Sabendo da morte de Polônio, Hamlet ficou abalado, porém não desiste do seu intento de matar o rei. Ora, o espectro do seu pai assassinado sempre aparecia a ele, incentivando-o a não "fugir da raia" , por assim dizer.
  Evidentemente, Cláudio também soube do assassinato de Polônio, e no pretexto de proteger Hamlet o convenceu a ir para à Inglaterra em um navio, guardado por alguns cortesões que levavam uma carta de recomendação para que ao chegar no seu destino, ao ser lida, deveria ser interpretada no sentido de matar Hamlet. 
 Partido o navio para o seu destino, um grupo de piratas o assaltou.  O jovem príncipe defendeu bravamente o seu navio e, curiosamente, os piratas levaram ele de volta ao seu reino, esperando com isso receber favores futuros.
   Tristeza. Pura tristeza acontece. Uma tragédia havia acontecido e afetou a alma do jovem ainda mais. A existência tem dessas coisas, ela é cruel muitas vezes. Ele dá "de cara" com um funeral. Era a jovem Ofélia que tinha enlouquecido quando soube da morte do pai e morreu ao cair de um salgueiro. Mas Hamlet ainda não sabe que é sua amada que se encontra no caixão.
   Falando de Shakespeare ,
   e da alma humana e seus desencontros,
   Para pensar,
   Prof. José Costa.

segunda-feira, 16 de outubro de 2017

HAMLET ( PARTE 3)

  Quando Hamlet ouviu o espectro do seu pai, que depois despareceu, ficou absolutamente indignado com a situação. Guardou segredo. Contou apenas a Horácio o acontecido. Marcelo também ficou ciente.
    Para que ninguém desconfiasse, fingiu - se de doido. Ao ficar sabendo, sua genitora imaginou que era por causa de Ofélia, a filha de Polônio, ministro do rei. Será que teria enlouquecido por causa da sua paixão por ela? Quem sabe.
   Neste ínterim, chegou ao palácio certos comediantes a quem Hamlet tanto apreciava. Convence-os a fazer uma interpretação teatral na qual um determinado Luciano deveria matar um rei e toma-lhe o trono. Ademais, casaria também com sua mulher. A peça foi encenada na presença do rei e o mesmo ficou desconcertado. Hamlet não tinha mais dúvida. Ele de fato seria o assassino.
     Ao perceber o embaraço, a rainha chamou seu filho para uma conversa, todavia, o astuciosos rei pediu a Polônio o pai de Ofélia, a quem Hamlet tanto amava, que ficasse atrás da cortina para ouvir o colóquio. Tragicamente, Hamlet lançou a espada sobre ele, depois de uma conversa acalorada com a sua mãe. Polônio estava morto. Hamlet pensou que se tratava de Cláudio, que teria se escondido. Ledo engano.
Continua....
Para pensar, 
Prof. José Costa.

domingo, 1 de outubro de 2017

HAMLET , PARTE DOIS ( SHAKESPEARE)

   Hamlet montou guarda com Horácio e Marcelo. Certa noite, o fantasma lhe aparece e dá um sinal para que se afastasse. A despeito dos conselhos dos seus amigos, que queriam persuadi - lo a não segui-lo, pois poderia ser um espírito ruim, nada adiantou os conselhos, ele estava determinado.
   O espírito revelou-se como Hamlet, seu pai e rei. Falou também como o seu tio Claúdio ( o tio do Hamlet filho), tinha inoculado um veneno nele enquanto dormia no jardim, a fim de tomar o seu lugar no reino e também ficar com sua mulher ( a rainha Gertrude). Agora era a hora da vingança. No entanto, esta vingança não poderia jamais acometer a rainha. Dito isto, ele desapareceu diante dele. Hamlet ficou abismado e cheio de ira. Suas desconfianças estavam comprovadas como verdadeiras, restava agora elaborar o plano que iria ter por base o olho por olho.
    Continuaaaaaa
    Para pensar,
    Falando de Shakespeare e da alma humana,
    Prof. José Costa.

quinta-feira, 28 de setembro de 2017

HAMLET (SHAKESPEARE)

   A rainha Gertrude, da Dinamarca, após ter ficado viúva, casou-se novamente com o seu cunhado Cláudio, cerca de 60 dias após a morte do marido, Hamlet, o rei dinamarquês.
 Acontece que seu filho, que também se chamava Hamlet, não gostou muito da ideia, pois seu tio era de um caráter, por assim dizer, duvidoso. Aliás, Hamlet, o filho de Gertrude e príncipe da Dinamarca, tinha sérias desconfianças de que seu tio poderia está envolvido na morte de seu pai, o rei Hamlet.
  Envolvido em profunda tristeza, não conseguia entender como a sua mãe poderia ter se juntado a alguém tão pérfido e de índole não muito certa. O  perdeu o gosto pela vida, andava de luto e não podia ver mais beleza nas flores do jardim da sua morada esplêndida. Não largou o luto. Tamanha era a sua decepção. 
   Será que a própria rainha estava envolvida na morte do esposo?
   Será?
  Chegou aos ouvidos do príncipe, a notícia de que um espectro havia aparecido na esplanada do palácio. Parecia, e muito com o rei. Horácio e Marcelo tinham visto ele. Será que era o rei? Queria dizer alguma coisa?
   Continua..
   Para pensar,
   Prof. José Costa.

quinta-feira, 17 de agosto de 2017

KAFKA (METAMORFOSE)

     Franz Kafka foi um dos grandes do século XX. Nasceu em 1852, em Praga, na época pertencente ao Império Austro - Húngaro, Império este que se fragmentou após a I Guerra Mundial.
  É considerado o poeta da penumbra, da existencialidade. Do significado da existência. Escreve em alemão. Tem profunda reverência pelos judeus e por sua dedicação. Kafka escreveu a METAMORFOSE em 1912 , uma obra extraordinária que é a sua obra mais conhecida na atualidade.
   Certa manhã, um caixeiro - viajante acorda sentindo-se estranho, algo teria acontecido com ele, seria um sonho? o que houve? que sensação é esta? Pernas finíssimas, peso no corpo.
     Continua...
      Prof. José Costa.
        

segunda-feira, 3 de julho de 2017

PAULO FREIRE ( BIOGRAFIA)

   PAULO NEVES FREIRE nasceu em 19 de setembro de 1921, no bairro da Casa Amarela, Recife ( o mesmo bairro onde o autor deste blog nasceu). Era filho de Joaquim Freire e de Edeltrudes Neves. Caçula de uma família de 4 filhos.
   Freire aprendeu as primeiras palavras no quintal da sua casa com galhos de árvores, ajudado por sua mãe. 
  Em 1929 foi morar em Jaboatão, cidade próxima ao Recife, terminando o curso primário nesta cidade, volta ao Recife onde completou os estudos do primeiro e segundo grau.
  Posteriormente, ingressa na faculdade de Direito do Recife. Casou-se aos 23 anos com Elza Costa, sua companheira por cerca de 40 anos. Teve 5 filhos, entre eles Lutgarde, o mais novo.
   Na década de 1940 foi diretor de cultura e educação do SESI. Fundou também o instituto Capibaribe, no Recife, instituição que funciona até os dias de hoje, no bairro das Graças.
   Foi conselheiro de educação do Recife no governo Pelópidas Silveira, na década de 1950, no Recife. Torna-se doutor em educação. Sua tese foi EDUCAÇÃO E REALIDADE BRASILEIRA. Propunha uma educação que valorizasse a decisão, a leitura do mundo.
    Na década de 1960, é convidado pelo presidente João Goulart para assessorar o ministério da educação. Com o golpe militar, começa a "incomodar" porque pregava uma educação : "para quem, contra quem e a favor de quem?
   Foi exilado em 1965. Vai pra Bolívia e Chile. trabalha no ministério de educação do Chile. Escreve a pedagogia do oprimido no exílio. Em 1970 vai para os E.U.A. e ensina em Harvard cerca de um ano, depois vai pra Genebra, Suíça, e trabalha no Conselho Mundial de Igrejas, por cerca de 10 anos. Vai pra África. Ensina na Universidade de Genebra, concede palestras em vários países etc.
     Volta para o Brasil em 1980 para "reaprender o Brasil". Ensina na Unicamp e na P.U.C. Casa-se novamente em 1988, com Ana Freire.
     É indicado ao prêmio Nobel da paz em 1993, e em 1997 escreve a pedagogia da autonomia, uma síntese das suas ideias ( para mim, um dos seus melhores livros). Faleceu em 1997. Sua influência é extraordinária no campo da Pedagogia, Antropologia, Filosofia, Psicologia, História, política, etc. É o autor  brasileiro mais lido e pesquisado no mundo. Tem mais de 30 títulos de doutor honoris causa. É  o patrono da educação brasileira.
     Para pensar, 
     Prof. José Costa.


    

     

segunda-feira, 12 de junho de 2017

ESPERANÇAR ( PAULO FREIRE)

  Este texto tem por meta a formulação de uma síntese sobre alguns aspectos do pensamento freireano, especialmente àqueles ligados a possibilidade de uma transformação profunda na sociedade, partindo do indivíduo, obviamente, porque este ( indivíduo) está inserido numa realidade concreta, na qual ele deve ser peça fundamental, como sujeito de práxis, ou seja de ação - reflexão.
   Ao longo do mesmo vocês perceberão como Paulo Freire contribuiu e contribui para uma reflexão de uma sociedade mais voltada para uma atividade sem ativismo e com muita ação, condição necessária para a realização de uma “utopia realizável”.
  O ser humano é uma espécie voltada para a possibilidade. De fato, para as possibilidades. Ele difere dos animais de várias maneiras: possui uma linguagem articulada, tem uma inteligência superior, constrói códigos de condutas que normatizam as suas relações. Ademais, cria instituições várias e transforma a natureza, ou seja, a temporaliza. Ao passo que, o animas não faz nada disso. Ele é instintual. Acomodado. Conquanto inacabado, não faz história. Não faz cultura.
   O homem é um ser em transformação, e como tal, possui em si mesmo esta condição inata de sonhar. Sonhar não significa, evidentemente, uma condição de passividade, ao contrário, impõe-se ai a necessidade de vislumbrar algo que ainda não foi realizável, mas que pode ser. Uma “utopia realizável”, como disse o pedagogo Paulo Freire. Neste sentido, o pernambucano tocou numa esfera de atividade humana plenamente possível, a esfera da fluição, da mudança, das possibilidades.
   Neste sentido, cabe aqui falar da esperança, tão citada na mitologia grega e na Bíblia. Quem espera, espera algo realizável. O sentido é de que existe uma esfera da esperança que é aquela não passiva, ou seja, uma esperança dinâmica, que não deve ser confundida com passividade, com morosidade. Não. Absolutamente não. Isto implica dizer que a escrita de Freire está recheada de lições de vida autêntica, isto é, de algo realizável. É o esperançar.
   Ora, em uma sociedade humana onde as contradições da existência estão ai, evidentes, e claramente vistas, onde o ser mais deseja cada vez mais ser, o ser menos não deve ter uma atitude passiva, pois isto seria negar a sua condição essencial de para ser. A mudança é possível. Não ao fatalismo, ao determinismo, pois isto é típico dos animais e não da espécie humana.
   Diante das considerações, podemos afirmar que Paulo Freire contribuiu significativamente para a produção de uma obra vasta e qualitativa no que diz respeito a formular na mente e no corações de muitos o desejo de uma construção de uma sociedade onde as desigualdades sócias possam ser minoradas a partir de tomadas de ações existências próprias de um ente que nasceu para não viver passivo, ou seja, a espécie humana, visto que, diferente dos animais, ele é um ente absolutamente de opções que muda a sua história através deste salto de atitudes , de rompimento, de ações. Não determinado, ele se reconhece como alguém absolutamente condicionado pelo tempo – espaço, culturalmente condicionado, historicamente condicionado, porém, absolutamente não determinado, capaz de dá significado a sua essência pela sua existência.







 Prof. José Costa,
Para pensar.

quinta-feira, 8 de junho de 2017

PAULO FREIRE ( FRASES) PARTE DOIS

"Não há educação fora das sociedades humanas e não há homem no vazio" ( Paulo freire).

"Ninguém sabe tudo, ninguém ignora tudo" ( Paulo freire).

"Não há vida sem correção, sem retificação" ( Paulo Freire).

"A leitura do mundo precede a leitura da palavra" (Paulo Freire).

Para pensar,
Prof. José Costa.

domingo, 7 de maio de 2017

PAULO FREIRE ( FRASES)

   "Não há diálogo, porém, se não há um profundo amor pelo ser humano e pelo mundo" 

"Não é no silêncio que os homens se fazem, mas na palavra, no trabalho na ação - reflexão."

"Ninguém educa ninguém, mas também ninguém se educa sozinho".

"O diálogo se faz entre iguais e diferentes, nunca entre antagônicos".

"O ser humano é um ser inacabado".

"Estudar é um ato revolucionário".

   Para pensar,
   Prof, José Costa,
   Falando sobre Paulo Freire.

quinta-feira, 6 de abril de 2017

PAULO FREIRE

   Quem foi Paulo Freire? Qual a sua importância para a educação do Brasil? Vamos tentar responder estas perguntas. Desde 2012 ele é considerado o patrono da educação no Brasil, grande foi, e é, a importância dele para o sistema educacional brasileiro. Amado por muitos e detestado por outros, ele deixou marcas profundas no sistema educacional. Nem precisamos concordar com tudo o que ele disse, aliás, o próprio Paulo Freire dizia que o diálogo é a base de tudo, e que era preciso superá-lo parta fazer história e transformação, sabia de suas limitações e entendia que o mestre não é o donatário do conhecimento.
   Quando certa vez perguntaram a ele sobre fundar uma instituição em seu nome, teria dito: " se for pra mim superar, tudo bem, agora se for apenas para repetir o que disse, não adianta" fantástico.
    Continua...
    Para pensar,
    Prof. José Costa.

domingo, 5 de março de 2017

CARTA A TIMÓTEO, PARTE I

   Timóteo ( aquele que honra a Deus), foi um companheiro de Paulo nas suas andanças missionárias.
     O livro de Atos nos mostra Timóteo em Lista, na Licaônia. Sua mãe chamava-se Eunice e sua avó, Lóide. Ambas eram judias, mas seu pai era de origem não judia. Ele é apresentado nos Atos dos Apóstolos sendo circuncidado por Paulo afim de evitar choques desnecessários com os judeus. Destacou-se como um cooperador e amigo do Apóstolo. Ajudou a Paulo nas igrejas de Filipos, Tessalônica e Éfeso. É mostrado na carta aos Hebreus como sendo prisioneiro e solto. Não há maiores informações quanto a isto.
    As cartas de Paulo a Timóteo estão designadas como cartas pastorais, ao lado de Tito. Nelas Paulo faz várias exortações. São alvos de críticas. Entre estas críticas está o fato de que Paulo fala de uma maneira organizacional sobre a igreja. Bispos são citados. Ora, não há porque questionar isto, embora o termo não seja usado por Paulo no sentido de uma hierarquia rígida, mas no sentido de supervisor. 
    Continua...
    Para pensar,
    Prof. José Costa.

sábado, 11 de fevereiro de 2017

OTELO( SHAKESPEARE), PARTE VI

   Otelo encontra-se com Desdêmona, cobra-lhe ciúmes. Pede o lenço com bordados de morango, insistentemente. Ela não sabia onde havia perdido, tentou desviar a atenção dele, porém não conseguiu. O ciúme o havia arrebatado, e ela não imagina o porquê. Não suspeitava que Iago tinha engendrado tal artimanha.
     Ao se apartar do marido, resolveu ir dormir. Quem sabe um bom sono no leito nupcial iria revigorar suas forças. De repente, quando o enciumado Otelo chega em casa, ao entrar no quarto, decide matá-la. Beija a sua face. Ela acorda. Ao contemplar seu marido mordendo o lábio inferior, sabe que a coisa tá pra lá de feia. É ciúme, e dos grandes. O general mouro revela claramente que ela deveria está traindo ele com Cássio, ela nega, mas não adianta. OTELO MATA DESDÊMONA SUFOCADA COM UM TRAVESSEIRO. QUE TRAGÉDIA.
    Neste ínterim, chega Cássio, ferido por um homem a quem Iago mandou para o matar, chegam também notícias de que o tal homem foi assassinado pelo vil Iago e no seu bolso bilhetes que comprovavam a revelação das artimanhas do seu assassino. Sabendo de tal verdade, Otelo tira a própria vida. Coube ao seu sucessor, a execução do malvado e psicopático Iago.
    Falando sobre SHAKESPEARE,
    Sobre a alma humana e seus desencontros.
    Prof. José Costa.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

OTELO(SHAKESPEARE), PARTE V

   Iago, de maneira sórdida, disse a Otelo que ela ( Desdêmona), enganou o próprio pai, casando com Otelo, visto que haviam casado secretamente. Ora, se ela havia escondido do próprio pai o seu casamento com Otelo, porque não enganaria ele?
    O MOURO não teve mais paz de espírito. Ora julgava a esposa fiel, ora a julgava infiel. Não conseguia dormir direito. Iago lembrou a Otelo de um certo lenço com desenho de morangos que ele tinha presenteado a esposa. Disse que tinha visto o lenço com Cássio. Logo que encontrou a Desdêmona, ele pediu que ela trouxesse o tal lenço que ele dado para ela, pois estava com dor de cabeça. Falou também que este lencinho tinha sido um presente da sua falecida mãe. A sua esposa disse que não lembrava onde o tinha colocado.
     A questão era a seguinte: Iago tinha usado a sua mulher para que ela pegasse tal lenço, ela assim o fez. Deixando cair no caminho de Cássio, este o achou e estava de posse dele, sem saber, evidentemente, que se tratava de um lenço da esposa de Otelo, que por sua vez, já estava desconfiado e cheio de ciúmes...
    Continua...
     Prof. José Costa,
     Falando sobre SHAKESPEARE.
    

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

OTELO (SHAKESPEARE) PARTE 4

   Quando Otelo descobre a falta grave cometida por Cássio, que por sua vez foi induzido sutilmente por Iago, ele o demite do seu posto, rebaixando o seu tenente. A falta foi grave.
   O infame Iago aconselha Cássio a falar com Desdêmona sobre o caso. Sutilmente, Iago diz a ele que a esposa de Otelo faz com que ele(Otelo), faça tudo o que ela pede. Pura sordidez.
   De fato. O ingênuo ex- tenente procura a esposa do mouro a fim de suplicar-lhe a intercessão diante do seu marido em seu favor. Desdêmona consente. E quando Otelo volta para casa ela insiste demasiadamente para que ele perdoe Cássio. Diante de tamanha perseverança, ele pede um tempo para pensar. A esposa diz que um tempo é demais, ele deveria perdoá-lo imediatamente, sem ressalvas, pois era um bom homem. Desdêmona lembra que várias vezes o seu amigo intercedeu também por ele junto a ela. Lembra que era de um caráter impoluto. Otelo titubeia. Porém, algo acontece. Em um certo momento, Iago começa a lançar a seta de dúvidas no coração do mouro. Faz perguntas venenosas ao general. Franze a testa quando Otelo fala de Cássio. Diz que não gosta nada quando ver Cássio e Desdêmona conversando, etc.
   Continua...
   Prof. José Costa.

domingo, 29 de janeiro de 2017

OTELO (SHAKESPEARE) PARTE TRÊS

   Iago odiava Otelo, odiava Cássio e também odiava Desdêmona. Era um ser psicopático e ardiloso. Ora, quando O mouro promoveu Cássio ao posto de tenente, foi para Iago, este vil e perverso militar, uma afronta. Iago achava que a promoção deveria ser dele, e não de Cássio, e que portanto ele foi ofendido. Começa uma trama para depor o novo tenente e desgraçar a vida do General Otelo.
   O pérfido Iago engendrou uma armadilha para solapar a vida dos seus desafetos. Queria ele infundir em Otelo o ciúme em relação a Desdêmona. Paciente, sorrateiro como um diabo, dá início ao projeto perverso.
  Certa noite, Cássio estava no comando da guarda. Era dele a incumbência de evitar que os soldados exagerassem na bebida, a fim de evitar confusões. Aparentando amizade, Iago incita ao jovem Tenente a beber mais e mais, curiosamente, Cássio sendo incentivado por ele por meio de sua lábia sedutora, vai aos poucos exagerando e exagerando. Copo vai, copo vem, e ele embriaga-se. Falta grave para quem estava no comando da guarda. Em coluio com Iago, um certo Montano o induz a briga. Cássio, privado da lucidez pelo excesso de álcool, o fere. Otelo descobre ...
   Continua,
   Prof. José Costa.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

OTELO (SHAKESPEARE), PARTE DOIS.

  Quando Otelo teve a oportunidade de defender-se diante do conselho, ficou claro e evidente que ele amava a Desdêmona e que a conquistou por meio do amor.
   Imediatamente, o dever o chamava, tinha que viajar para Chipre, a fim de combater o avanço turco. A esposa o acompanhou afetuosamente. Preferia viver com Otelo as agruras de uma vida de general do que ficar na calmaria da cidade onde morava.
   Ora, O mouro tinha como seu subordinado um valente militar florentino chamado Cássio. Este era belo, jovem, alegre, e de total dedicação ao seu líder e general Otelo. Este o tinha em total estima, a tal ponto de servir de mediador entre ele (Otelo) e sua esposa Desdêmona. Recados iam e vinham pela boca de Cássio. A bela Desdêmona também o admirava ao extremo, mas não com admiração carnal, pois amava a Otelo e todo o seu corpo e alma dedicava a ele. Cássio era confiável e Otelo não possuía nenhum ciúme em relação a ele. Isso iria mudar, infelizmente, por ações venenosas futuras de um tal de...
   Continua...
   Prof. José Costa.

domingo, 22 de janeiro de 2017

OTELO (SHAKESPEARE)

 Havia na cidade de Veneza um general Mouro chamado Otelo. Ele conquistou este posto lutando bravamente contra os turcos. 
  Desdêmona era filha de um rico senador desta mesma cidade, ele chamava-se Brabâncio. Havia grande afeição entre este senador e aquele general.
  Toda vez que achava-se na cidade de Veneza, Otelo era convidado pelo senador a frequentar a sua casa. Ele e Desdêmona ficavam horas conversando sobre as suas "peripécias" de guerra. Falava aos seus ouvidos de como ele conhecia vários lugares e povos diversos. Montanhas cujos cumes eram elevadíssimos, etc.
  Numa dessas conversas a filha do senador abriu o seu coração para o guerreiro Otelo. Disse que se Otelo tivesse um amigo que a amasse, bastaria contar tais histórias que se apaixonaria. O mouro entendeu o recado. Também abriu o seu coração e, deste modo, resolveram casar-se secretamente. 
   O segredo não durou muito, e Brabâncio logo ficou sabendo do fato. Ora, conquanto gostasse de Otelo, o pai da jovem não admitia tal união. Pretendia que a jovem se casar-se com um nobre veneziano, e não com um mouro de pele escura. 
 Reunida a assembleia senatorial, Otelo foi intimado. Curiosamente, a reunião era pra tratar de dois assuntos básicos: O primeiro da acusação de Brabâncio contra Otelo por "seduzir sua filha por meio de feitiços". O segundo assunto da pauta era a convocação do mesmo para a defesa de Chipre.
   Continua...
   Prof. José Costa.

sábado, 14 de janeiro de 2017

A QUEDA ( GÊNESIS).

   "Um conto não de todo improvável". Esta frase é do C. S. Lewis. Uma história de caráter mítico ao estilo Sócrates, ou seja, com probabilidades de verdades factuais. De todo modo, temos verdades reveladas. O mito ele traz em si mesmo esta possibilidade. A possibilidade da veracidade.
    O homem foi criado com liberdade. Esta a única possibilidade de criação existente quando se fala de um ser moral. "Deus estava encurralado nesta possibilidade". ( não me tome por herege, as palavras são limitadas quando se fala de um ser infinito). De qualquer maneira, só é possível amor, vontade deliberada, alegria, quando não há máquinas, e sim seres humanos. Foi um "risco" que Deus quis correr ( claro, ele sabia o final). Onde há liberdade, há possibilidade do mau uso desta liberdade. Pecado é liberdade mau usada. Por isso o Cordeiro foi morto antes de toda criação. A criação vem depois da redenção. Criação entra no mundo da graça eterna. O ser humano não é gerado, mas criado.
    Este ente criado antes dotado de processos físicos voltados para a natureza, na plenitude do tempo, passa a ter uma consciência. Um EU, uma capacidade de reflexão, de abstração. um ser Moral. Ético. Desta forma, ele usa mau a sua liberdade e a expressão bíblica simbólica deste mau uso da liberdade é comer do fruto do conhecimento. Agora os seus processos físicos estão voltados para a decisão. Ele dá o salto da irracionalidade, como diria Soren Kierkegaard. Decadência. Ele dança na música da desobediência. O mundo passa a ser "uma dança em que o bem ,criado por Deus, é perturbado pelo mau que aflora do homem". (C.S.Lewis). É a queda.
   Para pensar,
   Prof. José Costa.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

SONHO DE UMA NOITE DE VERÃO(Shakespeare).

   Em Atenas, uma lei dizia claramente que alguém poderia casar a sua filha com quem desejasse. Até pena de morte poderia ser evocada para quebra de tal lei.
  Egeu queria casar sua filha Hérmia com Demétrio. Ela não queria. Amava a Lisandro. Helena amava Demétrio e era amiga de Hérmia. Esta, por sua vez, alegava ao pai que não podia casar com alguém que era amado por sua amiga ( Helena). Ademais, dizia ao pai, gostava de Lisandro. O rei de Atenas lhe deu 4 dias, no máximo, para o casamento. Lisandro falou com Hérmia a fim de fugirem para um bosque, e de lá, para casa de uma tia, fora das fronteiras de Atenas, e, portanto, livre da lei. Ela aceitou.
  Helena , que sabia da trama, contou tudo a Demétrio. Este foi ao encalço da dupla apaixonada. Helena o seguiu. No bosque, um certo Robin(Puck) um auxiliar de um rei dos duendes chamado Oberon espremeu um sumo de rosa chamado amor- perfeito nos olhos de Lisandro, que ficou apaixonado por Helena. Hérmia ficou confusa. O suco da rosa também foi espremido nos olhos de Demétrio, que também ficou apaixonado por Helena. Que confusão. Depois de ida e vindas, Puck retirou o feitiço de Lisandro, deixando apenas o de Demétrio. Casaram-se Hérmia e Lisandro e Helena e Demétrio também conseguiram o casamento. Foi um final feliz.
   Detalhe, tudo foi um sonho dos personagens, numa bela noite de verão.
   Falando um pouco de Shakespeare,
   Para refletir,
   Prof. José Costa.
   

quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

I e II CARTA AOS TESSALONICENSES

   As cartas de Paulo à igreja de Tessalônica foram os primeiros escritos do Novo Testamento. Elas foram produzidas por volta de 50 d.C. a partir de Corinto.
  O livro de Atos dos Apóstolos, escrito por Lucas, mostra no capítulo 17 que Paulo chega em Tessalônica durante a sua segunda viagem missionária, depois que deixou Filipos ( Ver o meu artigo sobre os Filipenses).
   A cidade de Tessalônica era uma cidade portuária. Fazia parte da província da Macedônia, aliás, era a capital de um dos seus distritos. A cidade foi batizada por este nome no século IV a.C. por Cassandro, um rei macedônio que era casado com Tessalônica, uma irmã de Alexandre , O Grande. 
   Havia uma sinagoga na cidade. Paulo pregou aos judeus nela, como era seu costume. Mulheres importantes se converteram. Ademais, existia alguns que conheciam Paulo, entre eles, Jasom, Aristarco e secundo (não, não é segundo, é secundo mesmo). Alvo de perseguição, Paulo sai da cidade, e, tempos depois, envia Timóteo, seu cooperador. 
    As cartas falam basicamente de elogios aos tessalonicenses pela sua fé e amor. Narram também sobre o caráter paulino de não interesse pelos bens materiais dos seus convertidos. Interessante notar que Paulo fala sobre os motivações gananciosas de alguns( isto nos faz lembrar, é claro, do balcão de negócio do qual a igreja evangélica brasileira se transformou com a detestável teologia da prosperidade). Exceções raras à parte. Paulo lembra que não tinha estas motivações empresarias ( claro que ele não falou o termo empresarial, rss).
    Tem também algumas recomendações de fé, de amor, de perdão, de vencer o mal com o bem. A ressurreição de Jesus também é assinalada. O incentivo ao trabalho digno e a censura da preguiça. Regozijai-vos sempre! É outra advertência.
     Prof. José Costa,
     Para refletir.

Postagem em destaque

O CRISTÃO ARRELIGIOSO E A IGREJA DEBUTE.

   Já escrevi sobre o teólogo alemão Dietrich  Bonhoeffer em outros artigos. Ele pastor , mártir e teólogo . Foi um dos grandes nomes da teo...