A ideia de sagrado envolve a ideia de algo antagônico ao impuro. Não necessariamente, eu diria. O sagrado é o numinoso, todavia, nem sempre é assim, ou seja, existe uma categoria de sagrado que não abarca esta concepção, é o sagrado demoníaco.
Quando o sagrado se interpenetra com o santo, isto é, quando é a expressão DO SANTO, ele é, de fato, sagrado. Todavia, quando o sagrado é fetiche, ou produção da mente humana, torna-se a falsificação daquilo que é em si, ou seja, o santo. O santo não é perfeição moral ilibada visível as exterioridades adoecidas. O santo por vezes, é secular. O secular e o santo não são antagônicos necessariamente. Jesus foi o santo que adentrou no secular. Quando o santo vira sagrado pela produção humana, ele se corrompe e torna-se um sagrado demoníaco. A corrupção do sagrado é a sua fetichização. O secular pode ser santo e o santo pode se interpenetrar na esfera secular e muitas vezes se expressa nelas. Aliás Jesus foi o santo mais secular que existiu e que virou sagrado demoníaco pela mentalidade fetichista paganizada, ou seja, o Jesus fetiche, que não corresponde ao Jesus real.
Para pensar,
Pro. José Costa.
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