Falar das causas da Reforma Protestante não é fácil. Já vimos que nos artigos anteriores abordamos várias questões. Falamos que não se explica tal reforma com reducionismo. Vamos tentar expor de modo bastante direta e simples.
Existem historiadores que tentam explicar a Reforma sem considerar a alma de Lutero. É um ledo engano. É claro que são vários os motivos para o surgimento da Reforma, dentre eles temos as causa econômicas. Ora, é evidente que os príncipes alemães, vários deles, pretendiam confiscar terras da igreja. O que com efeito aconteceu. Também é evidente o fato de que o contexto no qual Lutero se encontra é favorável ao grito do reformador. É um contexto de renascimento, de ascensão da burguesia, de contestação ao poder feudal. O nacionalismo alemão também fica evidente quando o questionamento luterano ( de Martinho Lutero), em relação as indulgências vem à tona. Ele, com efeito, colocou o dedo na ferida, a exploração da igreja com sua vendas de indulgências, simonia entre outros males. Alguns chegavam a dizer que quando a moeda caísse no cofre a alma saia do purgatório. Pura balela. Temos, portanto, um complexo de causas. A própria invenção da imprensa facilitou a circulação de ideias expostas por Lutero. No entanto, esquecer que a alma de Lutero encheu-se de gozo, de alegria, quando redescobriu a doce justificação pela graça por meio da fé, ao ler Romanos, é puro simplismo.
Para pensar,
Prof. José Costa.
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