Desdêmona era filha de um rico senador desta mesma cidade, ele chamava-se Brabâncio. Havia grande afeição entre este senador e aquele general.
Toda vez que achava-se na cidade de Veneza, Otelo era convidado pelo senador a frequentar a sua casa. Ele e Desdêmona ficavam horas conversando sobre as suas "peripécias" de guerra. Falava aos seus ouvidos de como ele conhecia vários lugares e povos diversos. Montanhas cujos cumes eram elevadíssimos, etc.
Numa dessas conversas a filha do senador abriu o seu coração para o guerreiro Otelo. Disse que se Otelo tivesse um amigo que a amasse, bastaria contar tais histórias que se apaixonaria. O mouro entendeu o recado. Também abriu o seu coração e, deste modo, resolveram casar-se secretamente.
O segredo não durou muito, e Brabâncio logo ficou sabendo do fato. Ora, conquanto gostasse de Otelo, o pai da jovem não admitia tal união. Pretendia que a jovem se casar-se com um nobre veneziano, e não com um mouro de pele escura.
Reunida a assembleia senatorial, Otelo foi intimado. Curiosamente, a reunião era pra tratar de dois assuntos básicos: O primeiro da acusação de Brabâncio contra Otelo por "seduzir sua filha por meio de feitiços". O segundo assunto da pauta era a convocação do mesmo para a defesa de Chipre.
Continua...
Prof. José Costa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário