quinta-feira, 13 de junho de 2013

TEOLOGIA DA LIBERTAÇÃO : GUSTAVO GUTIÉRREZ E LEONARDO BOFF

         Na década de 1960, especificamente no ano de 1968, na Colômbia, houve uma reunião de vários religiosos em um congresso. a cidade era Medellín. CELAM, é a sigla para Conselho Episcopal Latino - Americano. Era a primeira vez na História que religiosos católicos condenavam a cruel aliança da igreja com a elite instituída. Pelo menos na América latina isto ocorreu oficialmente nesta data, embora, já no século XVI, o padre Bartolomeu de Las Casas condenou a aliança entre o clero e a coroa, na dizimação desenfreada dos índios e na questão escravatura.
     Neste congresso, o CELAM, destacou-se o nome de GGUSTAVO GUTIÉRREZ, um padre peruano que é considerado um dos pais da TEOLOGIA DA LIBERTAÇÃO, que teve grande influência no Brasil, principalmente nas décadas de 1960 e 1970, no contexto da ditadura militar. Em linhas gerais, o que a teologia da libertação propõe é a conscientização, a humanização. Deus está interessado nas questões sociais. Está interessado em libertar os pobres da opressão. 
            No Brasil, o maior nome desta teologia é Leonardo Boff. Ele foi calado pela Congregação da Doutrina da fé ( antiga inquisição). Isto na década de 1980. Na época o presidente da congregação era Joseph Ratzinger, que viria a se tornar o Bento XVI.
           Embora a teologia da libertação não tenha aquela força original, Leonardo Boff continua sendo bastante lido e ativo, com menos intensidade do que na década de 1980.
                Para pensar,
                Prof. José Costa.

domingo, 9 de junho de 2013

TEOLOGIA CONTEMPORÂNEA, PAUL TILLICH

   Paul Tillich (1886 - 1965) foi um teólogo alemão, conhecido como o Apóstolo dos intelectuais.É considerado, ao lado de Barth, como um dos maiores teólogos do século XX. A sua teologia tem para mim um sabor palatável.
     O seu pensamento é fecundo, de fato, ele fez teologia, produziu teologia.
    Precisaria de muitas linhas para esboçar o seu pensamento, e, mesmo assim, dada a minha limitação, não conseguiria satisfatoriamente, todavia, podemos dizer que a teologia tillichiana repousa sobre algumas bases.
      Em primeiro lugar, ao falar de Deus, ele o descreve como o ser em si, aquele que não existe. Falar de Deus como existente é colocá-lo na posição de um ídolo. Deus é além de Deus, segundo Tillich. Barth nos diz isto em outras palavras: O Totalmente Outro.
     O fundamentalismo também é parte de suas observações ele o coloca como algo perigoso e que não dá respostas as angústias humanas. Não leva em conta as realidades contemporâneas. De fato, o fundamentalismo pedra e engessa a letra.
      O ser humano, na sua teologia aparece como um ambíguo, cheio de agonias e que tem a sua resposta no Cristo. Nisto ele sofre a influência clara de Soren Kierkegard.
      Diferente de karl Barth, Paul Tillich valoriza a filosofia e era um estudiosos profundo da cultura e da antropologia. Via o ser humano como um todo.
  para Tillich, o PRINCÍPIO PROTESTANTE deveria ser enfatizado, a justificação pela graça por meio da fé. Princípio bíblico esquecido ao longo da História.
      Em linhas gerais, este era o pensamento deste grande teólogo contemporâneo, conhecido como o "ateu cristão" por causa de suas afirmações sobre a não existência de Deus. Mas, o Deus que ele falou que não existe era o deus tradicional criado pela religiosidade humana.
        para pensar, 
        Prof. José Costa.

TEOLOGIA CONTEMPORÂNEA, RUDOLF BULTMANN

  Este é um teólogo paradoxal, a meu ver. Ele é considerado um dos maiores estudiosos do Novo Testamento e deu grande contribuição ao estudo dos Evangelhos, principalmente no método histórico-crítico. Com Bultmann desvendou-se a cortina do contexto histórico neotestamentário. Pelo menos houve uma grande evolução neste sentido. É verdade que havia estudo histórico neotestamentário antes dele, todavia, ele deu um grande passo.
 Curiosamente, Bultmann exagerou em muitas de suas observações. O maior exagero dele foi afirmar a impossibilidade de saber a genuína mensagem cristã. Segundo ele não há como saber a verdadeira mensagem de Jesus, corrompida pelas tradições orais posteriores.
 Bultmann foi duramente criticado por Joaquim Jeremias, um grande estudioso do Novo Testamento.
  Rudolf Bultmann tem a seu favor o fato de não se render ao nazismo, embora fosse alemão, resistiu ao partido nazista.
   prof. José Costa.
    

KARL BARTH, TEÓLOGO CONTEMPORÂNEO

    Ele é, sem dúvida, um dos maiores teólogos do século XX. Alguns o consideram como o maior teólogo da teologia contemporânea. Controvérsias à parte, Karl Barth tem uma grande influência no pensamento teológico.
  Barth escreveu profundamente sobre vários assuntos teológicos. Nascido na Suíça, no contexto de teologia liberal, ( lembrando que a teologia liberal estava forte no começo do século XX), ele possuiu grandes mestres desta teologia, entre eles Harnack. Barth nasceu em 1886 e morreu em 1868, portanto teve uma vida longa e fecunda do ponto de vista teológico.
   Decepcionado com o liberalismo teológico, por causa da I Guerra Mundial, ele escreve a sua Carta aos Romanos, em 1919. Lecionou na Alemanha durante anos, sendo expulso pelos partido nazista, em 1935, voltou à Suíça e lecionou até 1968, aos 82 anos.
    A teologia de Karl Barth é profunda, os principais temas são: A palavra de Deus ( significando o Cristo encarnado e o Evangelho), Predestinação( Em uma visão neo- ortodoxa), a expiação, religião, a transcendência de Deus ( o totalmente outro), e a fé como subjetividade ( tendo grande influência de Kierkegaard, embora diferindo um pouco dele).
    Prof. José Costa.

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