domingo, 12 de agosto de 2012

BOM PRAZER E MAU PRAZER. A NEUROSE CRISTÃ E A LICENCIOSIDADE ANTIGA.

     Na sociedade romana antiga, bem como na Grécia da antiguidade, com algumas exceções, o prazer era enfatizado como algo bom, digo, o prazer pelo prazer. Ora, isto gerou a licenciosidade tão evidente nessas sociedades. A História nos mostra que tais sociedades antigas eram marcadas pelo desregramento, pela total degradação humana, haja vista os bacanais gregos e romanos. Com o advento do Cristianismo, o pêndulo partiu pra outra direção: a total supressão das pulsões, na Idade Média, por exemplo, a mulher que tivesse um orgasmo era alvo da tirania eclesiástica. Isto gerou muita neurose e histeria. Freud que o diga, o século dezenove foi o século da histeria.
            A meu ver o prazer é algo bom, aliás, comer dá prazer, tomar água, conversar com os amigos, etc. é o bom prazer, sem exageros. O prazer torna-se mal quando ele dilui o ser, quando vem acompanhado de falta de solução para o ser, quando vem acompanhado do desvalor, da insanidade, da falta de limites, da falta de inteligência. Quando vem desacompanhado do amor que lhe dá maturidade e legitimidade. Existe um bom prazer e o mau prazer, a promiscuidade, os bacanais dos antigos gregos, a entrega a toda forma de paixão dos antigos sem o vínculo da afetividade era um mau prazer, visto que vinha acompanhado, também, da falta de afetividade focada em um sujeito relacional de amor. Quando este prazer vem acompanhado de afetividade relacional é o prazer alegre, com gozo, quando existe vida e afeição relacional, sem dissolução do ser.Quem lê, entenda.
                Prof. José Costa.

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